metodologia
A pesquisa para o site O Poder e a Escravidão: Banco de Dados dos Parlamentares Escravistas baseou-se principalmente em fontes secundárias. A criação desse banco de dados foi viabilizada graças a iniciativas de difusão científica, como o portal da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), que disponibiliza em acesso livre textos completos de teses e dissertações defendidas em instituições brasileiras de ensino e pesquisa. Também foram consultados artigos científicos indexados no Google Scholar, além de sites que reúnem dados históricos sobre os parlamentares investigados.
Os nomes dos deputados da Assembleia Geral Legislativa do Império do Brasil, bem como suas respectivas legislaturas e províncias, foram extraídos de uma publicação oficial: JAVARI, Barão do. Organizações e programas ministeriais desde 1822 a 1889. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1889.
Para obter uma compreensão abrangente e temporalmente extensa das vinte legislaturas, a pesquisa investiga os parlamentares nominalmente e em ordem aleatória, sem seguir critérios alfabéticos ou cronológicos. A publicação do site com os primeiros resultados ocorreu quando a investigação alcançou 25% de todos os deputados que atuaram no Império. A pesquisa está em andamento e, à medida que novos dados forem obtidos, o site será atualizado com os resultados mais recentes.
Com base nos dados obtidos na pesquisa, os deputados foram classificados em três categorias:
Proprietários de escravizados: a lista destes deputados, em conjunto com informações sobre a propriedade de cativos, encontra-se logo abaixo. Role a página ou clique aqui para acessá-la.
Descendentes ou irmãos de proprietários de escravizados: nesta lista, incluem-se os deputados para os quais a pesquisa evidenciou vínculos diretos de parentesco, como pais e irmãos, com a propriedade de escravizados, embora o material consultado não tenha oferecido comprovação de que eles próprios tenham possuído escravizados. Clique aqui para acessar.
Inconclusivo: a categoria reflete a cautela em não afirmar que determinado deputado não possuía escravizados, indicando apenas que, até o momento, a pesquisa não encontrou dados conclusivos sobre o assunto.
deputados proprietários de escravizados
Amaro Carneiro Bezerra Cavalcanti
Abolicionista, mas, de acordo com pesquisa, tinha ao menos uma escravizada. Foi Juiz de Direito em São José de Mipibu, cinco vezes Deputado Provincial e teve 7 mandatos de Deputado-Geral (federal). Presidiu a Assembleia do Estado do RN em quatro oportunidades (1857-1860-1862-1868). Ao mesmo tempo em que Amaro Cavalcanti era uma referência política dos liberais norte-rio-grandenses era também proprietário de uma escrava, a qual castigou por suposta fuga, roubo e “agressão à sua senhora”. https://historiaehistoriografia.ufc.br/trabalhos/a-escravidao-na-imprensa-do-rn-e-as-contradicoes-entre-discurso-politico-e-a-pratica-social-1880-1885/
Província
RN
Legislaturas
10, 11, 13, 17 e 18
Ambrosio Machado da Cunha Cavalcanti
Ambrósio Machado teve duas passagens pelo governo de Pernambuco. Foi proprietário do Engenho Gaipió, localizado no Município de Ipojuca, esse engenho tinha como atividade principal a produção de açúcar e em 1886 contava com 85 escravos. DOS SANTOS, Maria Emília Vasconcelos. Os significados dos 13 de maio: a abolição e o imediato pós-abolição para os trabalhadores dos engenhos da Zona da Mata Sul de Pernambuco (1884-1893). 2014. Tese de Doutorado, UNICAMP.
Província
AL
Legislaturas
12 e 13
Angelo Thomaz do Amaral
Nascido no Rio e proprietário na região de Itaboraí. Chegou a ser presidente do Clube da Lavoura de Itaboraí, principal associação escravista da região. Ver: SILVA, Roger Anibal Lambert da. Em nome da ordem: o Jornal do Commercio a as batalhas da abolição. 2017.
Província
AM
Legislaturas
11, 14 e 15
Anisio Salathiel Carneiro da Cunha
Filho de família de linhagem com base na zona da mata pernambucana, seu irmão Joaquim Manoel Carneiro da Cunha participou da revolução de 1817 e depois se tornou constituinte, sendo também deputado das 2˚, 5˚ e 8˚ legislaturas. Ele e seus familiares eram proprietários dos engenhos Tibiri, Una, Abiay entre outros. Assim, pode se considerar que Anísio era o representante político de uma das principais famílias detentoras de engenhos e escravizados na PB. Ver: BRAGA, Hugo Paz de Farias. A Paraíba no Império: Estado e sociedade (1837-1871). 2024.
Província
PB
Legislaturas
14
Antonio Affonso Ferreira
Foi chefe de polícia vinculado aos Praieiros em Pernambuco. Oriundo de família proprietárias de diversos engenhos, era ele próprio proprietário de terras e escravizados. Os estudos de Marcus Carvalho evidenciam que houve desembarque ilegal de escravizados em suas terras e na de seus familiares no período em que desempenhava o cargo de chefe de polícia. Ver: Carvalho MJM de. A repressão do tráfico atlântico de escravos e a disputa partidária nas províncias: os ataques aos desembarques em Pernambuco durante o governo praieiro, 1845-1848. Tempo. 2009;14(27):133–49. DE CARVALHO, Marcus JM. " Quem furta mais e esconde": o roubo de escravos em Pernambuco, 1832-1855. Estudos Econômicos (São Paulo), v. 17, n. Especial, p. 89-110, 1987.
Província
PE
Legislaturas
6 e 7
Antonio Coelho Rodrigues
Tinha fazendas e escravizados, foi autor de um texto de grande repercussão sobre o tema: Manual do subdito fiel: ou, Cartas de um lavrador a sua magestade o imperador sobre a questão do elemento servil. Ainda que tenha fundado em Teresina uma associação emancipacionista, admitiu ter escravos, mencionando que alguns tinham até fugido de sua propriedade.No Congresso Agrícola de Recife, 1878, "defendia a elaboração de uma legislação que tornasse obrigatória a fixação das pessoas livres e pobres a uma propriedade e a um proprietário". Ver: SILVA, Lucian Souza da. Esmagando a cabeça da Hidra: escravidão, liberdade e abolição na Paraíba do Norte, 1877-1888. 2021. SILVA, Rodrigo Caetano. Antônio Coelho Rodrigues: um abolicionista módico. História, histórias,[S. l.], v. 4, n. 8, p. 75-92, 2017.
Província
PI
Legislaturas
14, 16 e 20
Antonio José Henriques
Na edição do Diario Novo (PE) de 25 de dez 1842, o deputado é mencionado em meio ao "Movimento do porto", embarcando em viagem na companhia de seu escravizado.
Província
PB
Legislaturas
5, 8, 9, 10, 11, 14, 15, 16, 19, 20
Antonio Pedro da Costa Ferreira
Deputado, presidente do Maranhão, foi eleito senador em 1834, cargo que ocupou somente após deixar a presidência da província, de 1837 até sua morte em 1860. Barão de Pindaré. Nomeado senador, foi substituído por Manoel Odorico Mendes entre 1835 e 1837. Foi destacado membro da assim chamada “aristocracia alcantarense”, com terras e escravizados em Alcantara. Descendentes de importantes famílias da terra, que embasavam seu domínio socioeconômico na grande propriedade rural voltada para a exportação. Ver: NUNES, Francivaldo Alves. A lei de terras e a política de colonização estrangeira na província do Pará. Tempos Históricos, v. 16, n. 2, p. 99-126, 2012.
Província
MA
Legislaturas
2 e 3
Antonio Rodrigues Fernandes Braga
Foi deputado geral, presidente da província do Rio Grande do Sul quando da Revolução Farroupilha, ministro do Supremo Tribunal de Justiça e senador do Império do Brasil. Faleceu em 26 de fevereiro de 1875, em testamento libertou todos os escravos que possuía, legando dinheiro a cada um e para eles pedindo a proteção dos seus herdeiros. Ver: https://dspace.stm.jus.br/bitstream/handle/123456789/50549/067biog%20Ant%C3%B4nio%20Rodrigues%20Fernandes%20Braga.pdf?sequence=14&isAllowed=y
Província
RS
Legislaturas
14
Antonio da Costa Pinto e Silva
Em 1874 Costa Pinto adquiriu uma chácara com 14 quarteirões, à margem do ribeirão Itapeva. Sogro do conselheiro Antonio Prado: Antônio da Silva Prado (1840-1929) conhece Maria Catarina da Costa Pinto (1851–1899) por intermédio de Antônio da Costa Pinto e Silva (1827-1877), pai de Maria Catarina e chefe político do Império. Ao se casarem, em 1868, ganham de presente uma fazenda de café, a Santa Veridiana, em Santa Cruz das Palmeiras que, na década de 1880, torna-se uma das três propriedades mais lucrativas de São Paulo. Não bastasse a rentável fazenda do casal, Costa Pinto articula a lista tríplice dos candidatos do Partido Conservador durante a lua-de-mel dos dois na Europa, inserindo Antônio na vida política com a chapa conhecida como “sogro e genro”. LEVI, Darrell. A família Prado. São Paulo: Cultura 70, 1977.
Província
SP
Legislaturas
14
Antonio da Silva Prado
Antônio da Silva Prado e seu irmão Martinho Prado Júnior (o Martinico Prado) foram colonizadores na região de Ribeirão Preto adquirindo a Fazendas São Martinho (na atual Pradópolis) e formando a Fazenda Guatapará que chegaram a possuir 20 milhões de pés de café. A Fazenda Guatapará recebeu o Rei da Bélgica em 1923. Nomeado senador em março de 1887 pela mesma provincia foi substituido pelo Doutor Elias Antonio Pacheco Chaves. Antônio da Silva Prado e seu irmão Martinho Prado Júnior (o Martinico Prado) foram colonizadores na região de Ribeirão Preto adquirindo a Fazendas São Martinho (na atual Pradópolis) e formando a Fazenda Guatapará que chegaram a possuir 20 milhões de pés de café. A Fazenda Guatapará recebeu o Rei da Bélgica em 1923. LEVI, Darrell. A família Prado. São Paulo: Cultura 70, 1977.
Província
SP
Legislaturas
14, 15, 19 e 20
Antonio de Souza Spinola
O Coronel Antônio de Souza Spínola, foi comerciante de diamantes em Lençóis (nas Lavras Diamantinas), proprietário de terras na fazenda Boa Vista e da Companhia de Mineraç ão Diamantina, possuía centenas de escravizados. Ver: SANTOS, Paulo Henrique Duque. Légua tirana: sociedade e economia no alto sertão da Bahia. Caetité, 1890-1930. 2014. Tese de Doutorado. Tese (Doutorado em História)-Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo.
Província
BA
Legislaturas
11, 12 e 13
Antônio Augusto Silva Cânedo
Pesquisa desenvolvida em seu inventário revela que ele foi um dos maiores proprietários de escravos da freguesia de Muriaé, possuindo um total de 114 escravos, incluindo adultos e crianças. Ver: SCHETTINI DE ANDRADE, Vitória Fernanda. Relações sociais e econômicas numa freguesia escravista da Zona da Mata mineira: Desembargador Canêdo, um estudo de caso. Dialogos (14159945), v. 22, n. 3, 2018.
Província
MG
Legislaturas
14
Antônio Joaquim da Rosa
suplente do Cândido Borges Monteiro. Proprietário do Sítio Santo Antonio, em São Roque (SP), cuja casagrande com quinze cômodos ocupam 610 metros quadrados. É uma das maiores casas bandeiristas do Estado. Nas histórias sobre a fazenda, abundam relatos que confirmam a presença de escravizados do barão de Piratininga.
Província
SP
Legislaturas
14
Augusto Frederico de Oliveira
Era filho do barão de Beberibe, Francisco Antônio de Oliveira, um dos maiores traficantes de escravos de Pernambuco na primeira metade do século XIX, atuou no Brasil, África e Portugal em sociedade com importantes negociantes do mesmo ramo. Recebendo o título de Barão de Beberibe em 1853, Francisco Antonio de Oliveira foi um dos mais atuantes negociantes de escravizados em Pernambuco da primeira metade do século XIX. Na década de 1820, ele trouxe cerca de 9 mil escravizados para o Brasil, através de sociedades com 25 navios negreiros. Barão de Beberibe acumulou fortuna advinda desse comércio, onde ampliou laços e inseriu os filhos nos negócios da família. Foi através do seu primogênito, Augusto Frederico de Oliveira, o Augusto filho, nos dizeres jocosos dos jornais liberais, que houve continuidade do seu legado não apenas no comércio, mas também na política. Ver: GOMES, Amanda Barlavento. A trajetória de Vida do Barão de Beberibe, um traficante de escravo no império do Brasil (1820–1855). 2016.
Província
PE
Legislaturas
9, 10 e 14
Augusto Olympio Gomes de Castro
Foi um representante muito vocal da classe senhorial, era declaradamente um representante político do escravismo e lutou até o último momento pela idenização. Era ele próprio lavradror. Ver: PEREIRA, Marcos Aurélio Santos. OS DEFENSORES DO ESCRAVISMO NA IMPRENSA LUDOVICENSE (1881-1888) 1. Outros Tempos: Pesquisa em Foco-História, 2007.
Província
MA
Legislaturas
13, 14, 15, 16, 18 e 20
Barão de Araçagy
Advogado formado em Olinda, em 1853. Senhor dos engenhos Una, Herval, Siqueira e Conceição. Deputado à Assembleia Geral do Império em 1872-78, 1881-84 e 1886-89. Foi um dos nove deputados que votaram contra a proposta de lei de 8 de maio de 1888 que extinguiria com a escravidão no Brasil. SILVA, Yves Antonio Albuquerque da. Debates acerca dos “homens de cor”: a imprensa pernambucana e a emancipação escrava (1884-1888). 2019. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Pernambuco.
Província
PE
Legislaturas
16 e 18
Brás Carneiro Nogueira da Costa e Gama
Conde de Baependy. Senador; Presidente de Provincia (RJ e PE); tenente coronel da GN. Filho de Brás Carneiro Leão, um dos maiores negociantes do tráfico transatlântico de escravizados no século XIX. Possuía fazendas de café em Valença-RJ. Ver: Parron, Tâmis Peixoto. A política da escravidão no Império do Brasil, 1826-1865. Diss. Universidade de São Paulo, 2011. Oliveira Mattos, Raimundo César. "Café, escravos e negócios–Atividades de um capitalista no Vale do Paraíba (1845-1879)." Revista Maracanan 10.10 (2014): 140-151.
Província
RJ
Legislaturas
5, 8, 9, 10 e 14
Custodio Cardoso Fontes
Foi um dos dois deputados do ES que votaram contra a Lei do Ventre Livre. Atuou como segundo oficial na Secretaria de Estado dos Negócios da Fazenda. Como sócio da Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional foi membro da Seção de Melhoramento das Raças Animais e da Seção de Agricultura. Um levantamento indica que possuía ao menos 11 escravizados em 1832, era proprietário de terras e certamente esse número deve ser maior. Ver: GONÇALVES, Aureliano Restier. Terras e Fatos. Edição comemorativa dos 110 anos do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria das Culturas, Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, Divisão de Pesquisa, 2004.
Província
ES
Legislaturas
14
Cândido José Rodrigues Torres Filho
Tornou-se Visconde de Torres e tinha propriedades no vale do Paraíba fluminenses, fazia parte de um dos mais poderosos clãs escravistas do Império. Ver: SALLES, Ricardo Henrique. O Império do Brasil no contexto do século XIX. Escravidão nacional, classe senhorial e intelectuais na formação do Estado. Almanack, n. 4, p. 5-45, 2012.
Província
RJ
Legislaturas
14
Cícero Dantas Martins
Barão de Jeremoabo. Casou-se com sua prima, Maria Rita Gomes da Silva Dantas, filha do Conde de Sergimirim, Antônio da Costa Pinto, senhor de engenho, unindo, assim, o poder que exercia no sertão àquele exercido por seu sogro no Recôncavo. Tornou-se o homem mais poderoso de Alagoinhas a Juazeiro. Foi administrando as terras da Casa da Torre que os Dantas acumularam grandes extensões rurais, até que Cícero Dantas Martins, já nascido em berço de ouro, tornou-se um dos maiores fazendeiros do norte do Império, com sessenta e uma propriedades na Bahia e em Sergipe. Ver: Medrado, Joana. "Vaqueiros e fazendeiros na comarca de Geremoabo-Bahia no final dos oitocentos: trabalho, dominação e resistência." Revista Mundos do Trabalho 4.8 (2012): 161-181.
Província
BA
Legislaturas
14
Diogo Antonio Feijó
Foi deputado por duas legislaturas (1826-1833) e eleito senador em 1833. Foi Ministro da Justiça (1831-1832), Ministro de Negócios (1832), Regente do Império (1835-1837) e Presidente do Senado (1839-1840). Ainda jovem, recebeu uma herança e pôde comprar uma chácara e meia dúzia de escravos, montando um pequeno engenho de cana para si e se tornando um pequeno proprietário de escravizados. Ainda que em meados de década de 1830 passasse a defender o retorno gradual e pontual do comércio de escravos, quando assumir a regência, Feijó manteve a política de perseguição aos traficantes. Ver, por exemplo, CALDEIRA, Jorge (Org. e Intr.). Diogo Antônio Feijó. São Paulo: Editora 34, 1999.
Província
SP
Legislaturas
1 e 2
Diogo Velho Cavalcanti de Albuquerque
Visconde de Cavalcanti, foi proprietário do engenho Baixa Verde em Pernambuco. Em Recife, os irmãos Cavalcanti de Albuquerque eram comerciantes. Seus negócios se estendiam a várias atividades, com especial destaque para a transação de mercadorias destinadas à exportação (algodão e açúcar), importação e consumo interno (produtos alimentícios, principalmente a carne bovina). Neste sentido, os irmãos Cavalcanti de Albuquerque também pareciam ser pródigos no abastecimento das grandes propriedades rurais, e, portanto, no fornecimento de suas necessidades fundamentais: crédito e cativos.Ver: VEIGA JR, J. Os Viscondes de Cavalcanti. Revista do Instituto Histórico e. Geográfico Paraibano. João Pessoa: v. 10, 1937.
Província
PB
Legislaturas
10
Dionysio Gonçalves Martins
Grande proprietário com investimentos em capital bancário, membro da diretoria do Imperial Instituto Baiano de Agricultura, atuando também na agroexportação. Descendente de Francisco Gonçalves Martins (Barão e Visconde de São Lourenço) que dirigiu a pasta de negócios do Império noGabinete Itaboraí de 1852 e era proprietário de um Engenho Central São Lourenço, uma das famílias mais tradicionais da Bahia Imperial.
Província
BA
Legislaturas
14
Domingos de Andrade Figueira
Representante do partido conservador do Vale do Paraíba Fluminense, possuiu 16 escravizados que alforriou em 1870. Ver: CARNEIRO, André Rocha et al. A voz conservadora do Vale: a trajetória política de Domingos de Andrade Figueira. 2019.
Província
RJ
Legislaturas
14, 16, 19 e 20
Domingos de Souza Leão
Barão de Vila Bela. Foi presidente da província de Pernambuco, ministro dos Negócios Estrangeiros, presidente do Instituto Arqueológico e Geográfico de Pernambuco (1867), comendador da Imperial Ordem da Rosa, e da Real Ordem de Vila Viçosa, de Portugal. Proprietário dos engenhos: Jenipapo e Caraúna/Jaboatão dos Guararapes. Há registro do Caraúna com trabalho escravo. "Um infeliz de nome Galdino, escravo do Dr. João Augusto de Souza Leão, senhor do engenho (Carauna), citado, fugiu da fábrica na madrugada de sábado", Jornal do Recife, 20 de novembro de 1883, no 267, p. 1.
Província
PE
Legislaturas
9 e 10
Euzebio de Queiroz Coutinho Mattoso Camara
Eusébio era filho de Eusébio Coutinho de Queirós Coutinho da Silva, ouvidor-geral em Angola, onde Eusébio nasceu. Veio cedo com o pai para o Brasil juntar-se à Corte, onde este último exerceu diversos cargos. Eusébio casou-se com Maria Custódia Ribeiro de Oliveira, filha do comendador Manuel José Ribeiro de Oliveira, rico capitalista da praça do Rio de Janeiro, e de Engrácia Maria da Costa Ribeiro. Viúva, Engrácia havia se casado em segundas núpcias com José Clemente Pereira e, com este, adquirira fazendas de café em Vassouras. Filha única de Engrácia, que não teve filhos com Clemente Pereira, Maria Custódia herdou os bens do casal. Assim, também Eusébio de Queirós encontrava-se em meio à rede de proprietários que se estendia da Baixada para a nova região de expansão da agricultura escravista com o café de Serra-Acima. Ver em: Salles, R. H.. (2012). O Império do Brasil no contexto do século XIX. Escravidão nacional, classe senhorial e intelectuais na formação do Estado. Almanack, (4), 5–45.
Província
RJ
Legislaturas
5, 7, 8 e 9
Flávio Clementino da Silva Freire
Barão de Mamanguape e proprietário do engenho de açúcar Viração e do sítio Campina na comarca de Mamanguape. Ver: SOUTO, Pedro Nicácio et al. As últimas décadas da escravidão na Parahyba do Norte (1860-1910): escravizados, livres e o movimento abolicionista. 2021.
Província
PB
Legislaturas
14
Francisco Belisário Soares de Souza
Além de deputado provincial, deputado geral, ministro da Fazenda no gabinete João Maurício Wanderley, conselheiro de Estado foi Senador do Império do Brasil. Foi também diretor do Banco do Brasil de 1873 a 1878. Era primo do saquarema Paulino de Souza e fazia parte da aristocracia fundiária fluminense. Ver: Salles, Ricardo H.. (2012). O Império do Brasil no contexto do século XIX. Escravidão nacional, classe senhorial e intelectuais na formação do Estado. Almanack, (4), 5–45.
Província
RJ
Legislaturas
14
Francisco Dias Carneiro
Francisco Dias Carneiro nasceu na fazenda “Por-Emquanto”, no Município de Passagem Franca, a 23 de novembro de 1837 e faleceu em Caxias, a 17 de janeiro de 1896. Formado em Direito pela Faculdade do Recife, foi promotor, político, industrial e agricultor. Foi por mais de uma vez deputado provincial e geral pelo Maranhão, exercendo também a Vice-Presidência da Província. Descendente de grandes proprietários de terra investiu na cultura de algodão. Além de proprietário de escravos, foi uma vez pela causa da indenização aos senhores de escravos após a abolição no parlamento. Ver: JACOBINA, Alberto Pizarro. Dias Carneiro (o Conservador): no 1º centenário de seu nascimento, 23 de novembro de 1937. Brasiliana, 1938.
Província
MA
Legislaturas
16 e 20
Francisco Diogo Pereira de Vasconcelos
Foi senador do Império do Brasil (de 1858 a 1863) e exerceu os cargos de presidente das províncias de São Paulo, Minas Gerais, por duas vezes, foi deputado geral, deputado provincial de Minas Gerais, juiz de direito, juiz de órfãos, chefe de polícia de Minas Gerais e da Corte, Ministro da Justiça, além de comendador da Imperial Ordem da Rosa e sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Coube a Francisco Diogo Pereira de Vasconcelos, irmão de Bernardo Pereira de Vasconcelos, a defesa mais enérgica do uso da mão de obra africana na agricultura e na mineração. Os irmãos Vasconcelos foram os baluartes do regresso, sistema político comprometido com a defesa da centralização política, da escravidão e do tráfico. Ver: DE PAULA, Dalvit Greiner et al. Educação, liberalismo e modernidade em Bernardo Pereira de Vasconcelos (1795-1850). 2021.
Província
MG
Legislaturas
5, 8, 9, 10 e 14
Francisco Maria Sodré Pereira
O inventário do Barão de Alagoinhas aponta que, na época de sua morte, no final de 1882, o Barão possuía duas grandes plantations em Santiago do Iguape: Campina, com cerca de 1.300 tarefas (566 ha), e São José do Açu, que ocupava 3.000 tarefas (1.307 ha). Campina, em 1883, ainda podia contar com uma força de trabalho de 60 escravos; Açu tinha mais 20. Fonte: Barickman, B. J. (1996). Persistence and Decline: Slave Labour and Sugar Production in the Bahian Recôncavo, 1850–1888. Journal of Latin American Studies, 28(03), 581.
Província
BA
Legislaturas
13, 17, 18 e 19
Francisco Pinto Pessoa
Era um homem de vastas posses, como demonstrou em seu testamento, pouco antes de morrer. Foi proprietário do engenho Cangulo, localizado em Santa Rita, e de mais outras propriedades entre sítios e terras no Cajá, na freguesia do Livramento, no sertão de Adequé (Rio Grande do Norte), e de pelo menos duas casas, uma em Santa Rita, e outra na cidade de Parahyba. Dos escravizados que declarou possuir, havia onze: Leandro e sua esposa Claudina, Antonio, Domingos, Benedicto, Raymundo, Faustina, Ricarda, Feliciana, Maria e Severina. Ver: RABELO, Juliana Dantas et al. Relações de poder e recrutamento militar na Paraíba durante a guerra do Paraguai (1864-1870), 2017.
Província
PB
Legislaturas
14
Francisco Prisco de Souza Paraiso
Proprietário do engenho Nossa Senhora das Mercês em Cachoeira-BA. Teve destacada atuação de repressão aos militantes abolicionistas no recôcavo baiano. Ver: SOUZA, Jacó dos Santos et al. Outros Sujeitos da Abolição: itinerários de abolicionistas no Recôncavo da Bahia (Cachoeira, 1880-1891). 2021.
Província
BA
Legislaturas
17 e 18
Francisco de Assis Pereira Rocha
De acordo com documentação computada por Solange Rocha, ele era proprietário de escravizados. Ver: DA ROCHA, Solange Pereira. Gente negra na Paraíba oitocentista: população, família e parentesco espiritual. Unesp, 2009.
Província
PB
Legislaturas
14
Francisco de Caldas Lins
Barão de Araçagy. Proprietário de vários engenhos na zona da mata pernambucana. Proprietário dos engenhos: Massauaçu ou Massauassu, Una, Herval, Pedra de Siqueira, Laje Nova e Conceição/Rio Formoso; Gindaí ou Gindahy /Barreiros e Clacituba/Escada. Votou contra a lei de 08/05/1888, que acabaria com a escravidão no Brasil.
Província
PE
Legislaturas
14
Francisco de Paula Oliveira Borges
Herdou do pai a Fazenda Conceição - Bairro do Ronco – Lorena-SP com seus 39 escravizados. Seu pai foi chefe do Partido Conservador em São Paulo, grande cafeicultor e um dos homens mais ricos do Brasil na sua época. Também herdou escravizados do sogro. Ver site Fontes primárias do Vale do Paraíba: https://valedoparaibaarquivoshistoricos.blogspot.com/2015/03/
Província
SP
Legislaturas
14 e 15
Francisco de Paula Toledo
Sua fazenda em Tabauté, Quiririm, empregava escravizados. Ver: RICCI, Fabio. Aspectos da transição para as atividades urbano-industriais do vale do paraíba paulista. Geografia, v. 39, n. 1, 2014.
Província
SP
Legislaturas
14
Francisco do Rego Barros Barreto
Conselheiro, senador (de 1871 a 1889) e Ministro dos Transportes e Agricultura (de 1872 a 1873) do Império brasileiro. Senhor do engenho Macugé, no município de Jaboatão PE. Engenho que foi visitado pelo imperador e que consta bem detalhado em seu livro de crônica "Viagem a Pernambuco". É de sua autoria os regulamentos da Lei do Ventre Livre. Parecer e Projeto de Lei Sobre O Elemento Servil Apresentado pela Comissão Especial Nomeada pela Câmara dos Deputados, em 24 de maio de 1870. Publicado em 'Elemento Servil: Parecer e Projeto de Lei'. Rio de Janeiro, 1870. Tomo I. Pp. 5 A 70. https://www25.senado.leg.br/web/senadores/senador/-/perfil/1678
Província
PE
Legislaturas
14
Gabriel Francisco Junqueira
Barão de Alfenas. Eleito em 1831, para substituir José Antonio da Silva Maia (magistrado), que fora nomeado ministro do Império em 1830. Substituído por Manoel Inacio de Mello e Souza (desembargador e Barão do Pontal) em 1835 e por Paulo Barboza da Silva (brigadeiro) em 1837. Em suas propriedades, as Fazenda Campo Alegre e Bella Cruz, ocorreu a célebre insurreição de escravizados de Carrancas que dizimou parte de sua famílias. Ver: Andrade, M. F. de. (2017). A pena de morte e a revolta dos escravos de Carrancas: a origem da“lei nefanda” (10 de junho de 1835). Tempo, 23(2), 264–289.
Província
MG
Legislaturas
2 e 3
Honorio Hermeto Carneiro Leão
Marquês de Paraná, alto estadista, foi diversas vezes presidente de províncias e ministro. Genro de um rico comerciante e traficante de escravizados, foi proprietário de fazenda de café com uso de mão de obra de escravizados e africanos livres. Em 1851 tinha cerca de 150 escravizados trabalhando em suas terras. Em: ESTEFANES, Bruno Fabris. Conciliar o império: Honório Hermeto Carneiro Leão, os partidos e a política de conciliação no Brasil monárquico (1842-1856). 2010. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010.
Província
MG
Legislaturas
2, 3 e 4
Ignacio Joaquim de Souza Leão
Barão de Souza Leão era senhor do engenho Pimentel, no Cabo-PE. Membro do Partido Conservador. Deputado provincial em Pernambuco por várias legislaturas. Deputado à Assembleia Geral do Império por quatro legislaturas. Vice-presidente da província de Pernambuco, tendo assumido a presidência em 1886, 1887 e 1888. Fidalgo cavaleiro da Casa Imperial. Cavaleiro da Imperial Ordem da Rosa.
https://www.parentesco.com.br/index.php?apg=arvore&idp=15543
Província
PE
Legislaturas
15, 16 e 18
Ildefonso Simões Lopes
Era de família de grandes estancieiros de charque de Pelotas, nas propriedades da família abundavam escravos. Irmão de João Simões Lopes, visconde da Graça. Substitui João Jacintho de Mendonça, falecido em 1869. Votou contra a Lei do Ventre Livre. ZALLA, Jocelito. O mundo de Simões Lopes Neto (1865-1916): trajetória intelectual e produção cultural no sul do Brasil. v.1, n.2 - maio/jul 2020
Província
RS
Legislaturas
14
Inocêncio Marques de Araújo Goés
Barão de Araújo Góes. Representante político de famílias poderosas de escravistas de Santo Amaro no Recôncavo Baiano, era ele próprio o senhor do engenho Fazenda Nova. Eleito deputado provincial pela Bahia em diversas legislaturas, presidente da Câmara dos Deputados de 1872 a 1875 e vice-presidente da Bahia em 1862. Foi também fidalgo cavaleiro da Casa Imperial, comendador da Imperial Ordem da Rosa e da Imperial Ordem de Cristo.
Província
BA
Legislaturas
14
Inocêncio Veloso Pederneiras
Barão de Bujuru. Militar, dirigiu expedições de reconhecimento de rios no sul da Bahia. Da atividade removeu indígenas com violência e ergueu duas fazendas, Poaçu e Genebra, em território conquistado após conflitos na região do Jequitinhonha. Africanos livres foram empregados nessas fazendas. Ver: REGO, André de Almeida. Trajetórias de vidas rotas: terra, trabalho e identidade indígena na província da Bahia (1822-1862). 2017. Era Brigadeiro. Diretor da Diretoria Geral das Obras Militares em 1889.Representou a Província do RS na 14ª legislatura de 1869 a 1872.Comendador de S. Bento de Aviz, Dignitário da I.Ordem da Rosa, Comendador da de Cristo, e condecorado com a medalha da Campanha do Paraguai com passador de ouro.
Província
RS
Legislaturas
14
Jacinto Paes de Mendonça
Barão de Murici, fazia parte de uma família com lastro e dezenas de propriedades de engenhos e escravos entre Alagoas e Pernambuco. Ele era proprietário dos Engenhos Escurial, Carrilho, Duas Barras, Novo, Oriente e Bom Jesus. Era fidalgo cavaleiro da Casa Imperial, cavaleiro da Imperial Ordem de Cristo e oficial da Imperial Ordem da Rosa. Agraciado barão em 18 de setembro de 1886. Ver: JÚNIOR, Manuel Diégues. O engenho de açúcar no nordeste. Ufal, 2006.
Província
AL
Legislaturas
14
Jeronymo Sodré Pereira
Estudara na Inglaterra, era fidalgo da Casa Imperial, cavaleiro da Ordem de Cristo e major da Guarda Nacional. Tinha casa em Salvador, cidade com cerca de 120 mil habitantes em 1872, porém preferia viver no engenho São João, em Matoim, uma freguesia rural com menos de 2.500 moradores, pouco mais de mil deles escravizados. Solteiro, ali vivia amancebado com escravas de quem teve filhos — três mulheres e cinco homens —, aos quais deu seu nome e os reconheceu em cartório. REIS, João José. Domingos Pereira Sodré: um sacerdote africano na Bahia oitocentista. Afro-Ásia, 237-313, 2006.
Província
BA
Legislaturas
17
Joaquim Delfino Ribeiro da Luz
Descendente de uma tradicional família escravista era proprietário da Fazenda Amarela, em Minas Gerais, onde estavam empregados escravizados. Atuou por leis de repressão aos escravizados e foi ministro da Justiça do gabinete Cotegipe, atuando ali também como um agente anti-abolicionista. Ver: Andrade, M. F. de .. (2017). A pena de morte e a revolta dos escravos de Carrancas: a origem da“lei nefanda” (10 de junho de 1835). Tempo, 23(2), 264–289. https://doi.org/10.1590/TEM-1980-542X2017v230204
Província
MG
Legislaturas
9, 11, 12 e 14
Joaquim Gonçalves Ledo
Proprietário da fazenda Sumidouro que, segundo Thomas Ewbank, produzia açúcar com 200 trabalhadores escravizados.
Província
RJ
Legislaturas
1 e 2
Joaquim José Rodrigues Torres
A família Rodrigues Torres fazia parte tanto da classe grandes proprietários de terras e escravos como a classe de comerciantes, alcançado uma grande representatividade no governo, passando a ter fortes influências no Império brasileiro. Joaquim José Rodrigues Torres, o Visconde de Itaboraí, por três vezes ocupou a pasta de Secretário e Ministro dos Negócios da Fazenda; pela primeira vez, em 1831, como substituto de Bernardo Pereira de Vasconcelos e, mais tarde, de 1848 a 1853 e de 1868 a 1870. Nesse ínterim, ocupou também outros cargos de grande relevância, como o de primeiro presidente da província do Rio de Janeiro, de 11 de maio de 1852 a 6 de setembro de 1853 e de 16 de julho de 1868 a 29 de setembro de 1870. Também foi eleito deputado pela província do Rio de Janeiro na 3ª, 4ª e 5ª legislaturas (1834-1844), sendo nomeado senador do Império, pela mesma província, no último ano. Em 1853, ingressou no Conselho de Estado, sendo-lhe concedido, por decreto, em 2 de dezembro de 1854, o título de visconde de Itaboraí, com honras de grandeza. Atuou como primeiro presidente do Conselho Inspetor e Fiscal da primeira Caixa Econômica da Corte (1859 e 1860) e, por duas vezes, foi nomeado presidente do Banco do Brasil (1855 e 1859). SALLES, Ricardo Henrique. O Império do Brasil no contexto do século XIX. Escravidão nacional, classe senhorial e intelectuais na formação do Estado. Almanack, n. 4, p. 5-45, 2012.
Província
RJ
Legislaturas
3, 4 e 5
Joaquim Lopes Chaves
Joaquim Lopes Chaves (Jacareí, 15 de janeiro de 1833 — Rio de Janeiro, 4 de agosto de 1909) foi um político brasileiro. Era filho do comendador Francisco Lopes Chaves, o 1° Barão de Santa Branca e de Gertrudes de Carvalho Lopes Chaves, e irmão de Francisco Lopes Chaves (2º Barão de Santa Branca), Licínio Lopes Chaves (2º Barão de Jacareí) e de Marcelina Lopes Chaves (esposa de Américo Brasiliense de Almeida Melo - presidente do Estado de São Paulo). Sócio de uma das maiores firmas de exportação de café de São Paulo em aliança com os Prado: Prado Chaves & Cia. Sócio do Banco União, entidade financeira com amplo capital vinculado aos negócios do café. Ver: LEVI, Darrell. A família Prado. São Paulo: Cultura 70, 1977.
Província
SP
Legislaturas
14 e 15
Joaquim de Souza Reis
Foi um ferrenho opositor da Lei do Ventre Livre. Chegou a arrematar os serviços de africanos livres, ver: LUCIANA RIBEIRO DE OLIVEIRA, Cyra. Os africanos livres em Pernambuco, 1831-1864. 2010.
Província
PE
Legislaturas
14
Jose Antonio Moreira da Rocha
Ainda que não fosse proprietário de terras e nem mantivesse senzalas, consta qui utilizava mão de obra escrava em serviço doméstico. Ver: LIMA, Ana Cristina Pereira. Infância e recolhimento: a educação profissional em Fortaleza na segunda metade do século XIX. 2019.
Província
CE
Legislaturas
14
José Antonio Saraiva
Apenas em seu engenho Pojuca possuía cerca de 70 escravizados. Ver em: CRUZ, Itan. Saraiva, Dantas e Cotegipe: baianismo, escravidão e os planos para o pós-abolição no Brasil (1880-1889). 2022. 306 f.il.. Tese (Doutorado em História Social) – Programa de Pós-Graduação em História. Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas. Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2022..
Província
BA
Legislaturas
9, 10, 11 e 12
José Ascenço da Costa Ferreira
Filho de um dos lavradores mais opulentos do círculo da vila de Alcântara, herdou terras e escravos. Foi ministro do Superior Tribunal de Justiça. Irmão do deputado Antônio Pedro da Costa Ferreira. Ver: Cirino, Raissa Gabrielle Vieira. "Pela boa ordem da província e pela glória do Império–famílias, estratégias e suas tramas na administração imperial do Maranhão (c. 1750-c. 1840)." (2019).
Província
MA
Legislaturas
9
José Augusto Chaves
Tinha terras, engenhos e escravizados, foi sócio de José Antonio Saraiva no empreendimento da usina em Pojuca. Ver PINHO, Wanderley. História de um engenho do recôncavo: Matoim, Novo Caboto, Freguesia: 1552-1944. Brasiliana, 1982.
Província
BA
Legislaturas
8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15 e 16
José Calmon Nogueira Valle da Gama
Sua família possuía enormes extensões de terra entre o Vale do Paraíba fluminense e a Zona da Mata mineira. Foi um representante dos escravistas no Congress, era membro do Clube da Lavoura de Juiz de Fora. Libertou alguns de seus escravos para lutar na Guerra do Paraguai: Ver DE MATTOS, ADALBERTO ALVES. PELA MORALIZAÇÃO DO TRABALHO E PROSPERIDADE DA INDÚSTRIA NACIONAL: A ESCOLA AGRÍCOLA UNIÃO INDÚSTRIA (1864-1884); Fábio Augusto Machado Soares de Oliveira. A luta antiescravista em Juiz de Fora, Minas Gerais: sociabilidades, justiça e trajetórias (1868-1888).
Província
MG
Legislaturas
16, 15, 14
José Cesario de Miranda Ribeiro
Visconde de Uberaba. Em 1856 tinha 52 cativos inventariados de acordo com o levantamento de: Freire, Jonis. Escravidão e família escrava na Zona da Mata Mineira oitocentista. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, 2009.
Província
MG
Legislaturas
1, 2, 4 e 5
José Feliciano Horta de Araujo
Descendente de família tradicional e abastada de Minas Gerais, José Feliciano fez seus estudos iniciais em Minas Gerais e ingressou no curso jurídico em São Paulo. Iniciou sua carreira na advocacia na cidade de Itapemirim onde conheceu a filha do Barão de Itapemirim, d. Isabel, com quem se casou. Seu sogro era um grande traficante de escravizados. Foi deputado geral pelo Espírito Santo nas legislaturas de 1864 a 1866 e em 1867. Foi presidente da província do Paraná. Pesquisa histórica realizada em inventários indica que ele era proprietário de escravizados. Seu sogro, Joaquim Marcelino da Silva Lima, o Barão de Itapemirim, foi o principal traficante de escravos do Espírito Santo e um dos maiores negreiros do Sudeste. Ver: RIBEIRO, Geisa Lourenço. Retratos da família escrava no Espírito Santo (1790-1871). Revista Ágora, n. 21, p. 203-230, 2015. DA SILVA MACHADO, Laryssa; DA SILVA MACHADO, Lucas. O barão de Itapemirim e as contradições na política capixaba do século XIX. Revista do Arquivo Público do Estado do Espírito Santo, v. 3, n. 6, p. 79-93, 2019.
Província
ES
Legislaturas
12, 13, 17
José Jansen do Paço
No jornal Publicador Maranhense (MA), foi publicada uma nota de um escravizado pertencente a Jansen que havia fugido e que seria castigado. Ver: Publicador Maranhense (MA), 15 de junho de 1843, p.4. https://memoria.bn.br/DocReader/Hotpage/HotpageBN.aspx?bib=720089&pagfis=384&url=http://memoria.bn.br/docreader
Província
MA
Legislaturas
6, 8, 14
José Joaquim de Lima e Silva Sobrinho
José Joaquim de Lima e Silva Sobrinho, visconde e conde de Tocantins,foi um militar brasileiro, tendo atuado como coronel na rebelião mineira de 1842. Foi também político, tendo exercido o cardo de deputado pela província das Minas Gerais uma vez e pela do Rio de Janeiro diversas vezes. Filho do marechal-de-campo Francisco de Lima e Silva, barão de Barra Grande, e de Mariana Cândida de Oliveira Belo; era irmão de Luís Alves de Lima e Silva, duque de Caxias, e de Carlota Guilhermina de Lima e Silva, que se casaria com o primo Manuel da Fonseca de Lima e Silva, barão de Suruí. Casou-se em primeiras núpcias com Emiliana de Morais, filha de José Gonçalves de Morais, barão de Piraí, com quem teve um filho; em segundas, casou-se com Maria Balbina da Fonseca Costa. Recebeu de presente de seu sogro, o barão de Piraí, a sesmaria da quadra acima da Sesmaria das Minhocas, onde fundou a Fazenda da Juréia.
Província
MG
Legislaturas
8, 10, 11, 13, 14
José Lino Coutinho
Foi deputado geral nas duas primeiras legislaturas da Câmara dos Deputados, conselheiro do imperador d. Pedro I e, após sua abdicação do trono, ocupou a Secretaria de Estado dos Negócios do Império. Foi presidente da província do Rio de Janeiro, de 16 de julho de 1831 a 3 de janeiro de 1832. Foi diretor da Faculdade de Medicina da Bahia. O inventário de José Lino Coutinho confirma que ele era dono de um razoável patrimônio, cuja propriedade de maior valor financeiro era o engenho Trindade, situado em Santo Amaro da Purificação, além de 113 escravos. Em grande medida essa fortuna foi adquirida por meio do casamento com Maria Adeláide Sodré Pereira. Em: Magalhães, P. I., & Junqueira, L. de F.. (2017). A biblioteca de um estadista do Império: o inventário dos livros de José Lino Coutinho (1836). Almanack, (16), 206–257.
Província
BA
Legislaturas
1, 2
José Maria Barreto
Barão de Anajatuba. Foi agente do mercado financeiro e proprietário de fazendas no Maranhão. Por ocasião do falecimento do Barão de Anajatuba, sua viúva libertou 11 escravos. Ver: SILVA, Rodrigo Caetano et al. Leis, mortes e fugas: o processo de abolição da escravidão e a entrada dos imigrantes no Piauí (1872–1887). 2022.
Província
MA
Legislaturas
14
José Maria Metello
Tornou-se juiz municipal da cidade de Corumbá, cargo que ocupou até o ano de 1880. No ano de 1881 mudou-se para a capital do Império, onde passou a exercer a função de juiz substituto do Rio de Janeiro. Em fevereiro 1885 tornou-se deputado geral do Império. Seu pai, o major José Caetano Metello, foi um importante fazendeiro de Corumbá, cuja fazenda estendia-se das margens do São Lourenço até o Piquiri, possuindo alguns milhares de cabeças de gado. José Caetano Metello possuía 34 cativos. FONTES: Acesso em < https://portal.tcu.gov.br/centro-cultural-tcu/museu-do-tribunal-de- contas-da-uniao/tcu-a-evolucao-do-controle/min-jose-maria-metello-1918-1920.htm> Acesso em <https://bibliotecadigital.stf.jus.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/3624/PROCESSO%20D E%20RESPONSABILIDADE_1879_06_13.pdf?sequence=1> Acesso em <https://memoria.bn.gov.br/pdf/759422/per759422_1911_00132.pdf>
Província
MT
Legislaturas
19
José Maria da Silva Paranhos Júnior
Barão do Rio Branco. Ainda que não possuísse terras ou propriedades, tinha uma escrava chamada Faustina, ver: SANTOS, Luís Cláudio Villafañe G. Juca Paranhos, o Barão do Rio Branco. Editora Companhia das Letras, 2018.
Província
MT
Legislaturas
14
José Moreira Brandão Castelo Branco
Casado com Ana Joaquina de Moura, filha do latifundiário Estevão José Barbosa de Moura. De acordo com estudos da Fundação José Augusto através do seu Centro de Estudos e Pesquisas Juvenal Lamartine CEPEJUL, foi herdeiro do Engenho Ferreiro Torto com numerosa escravaria, que antes pertenceu a Joaquim José do Rego Barros. Ver: http://adcon.rn.gov.br/ACERVO/secretaria_extraordinaria_de_cultura/DOC/DOC000000000109051.PDF
Província
RN
Legislaturas
14
José Pereira dos Santos
José Pereira dos Santos, o Barão de Saquarema, nasceu em Rio Bonito, na Provincia do Rio de Janeiro, em data desconhecida e faleceu em Niteroi, em 1874. Fazendeiro abastado, era tenente-coronel da Guarda Nacional e comendador da Imperial Ordem da Rosa. Em 1869, Saquarema possuía 4 engenhos de açúcar, sendo 3 deles movidos a vapor, pertencentes ao Barão de Saquarema. De acordo com obra de memorialista, ao morrer o barão alforriou todos os seus escravizados. BRAVO, Darcy. Minha terra: ensaio monográfico. Saquarema: [s.n.,. s.d.] .
Província
MG
Legislaturas
14, 15
José Thomaz Nabuco de Araujo
Nascido em 1785, viveu até 1850. Foi pai do senador José Tomás Nabuco de Araújo Filho e avô de Joaquim Nabuco, era também irmão do senador José Joaquim Nabuco de Araújo, primeiro barão de Itapuã. Em "Um estadista do Império", J. Nabuco afirmou que o avô tinha ao menos 11 escravizados em 1824. Em 1837 se tornou senador pelo ES.
Província
PA
Legislaturas
1 e 3
José da Costa Carvalho
José da Costa Carvalho, Marquês de Monte Alegre, foi político, juiz, jornalista e magistrado brasileiro. Foi membro da Regência Trina Permanente e Primeiro-ministro do Império do Brasil, entre 1849 e 1852. Casou-se, pela primeira vez, com a irmã do Barão de Itu, grande escravista da época, Genebra de Barros Leite, em 1824. A esposa era viúva do Brigadeiro Luís Antonio e herdeira da maior fortuna paulista da época. Carvalho era proprietário de engenho de cana e de escravizados. Em 1833, era proprietário de dois engenhos, o Monte Alegre e o Monte Olimpo, seu administrador afirmava haver “157 escravos naqueles engenhos” Em: https://www.aprovincia.com.br/memorial-piracicaba/especial/monte-alegre-gloria-queda-e-renascimento-1-5691/.
Província
BA
Legislaturas
1, 2, 4
José de Barros Pimentel
Descendente de uma das mais tradicionais e poderosas famílias de Porto Calvo e depois Sergipe, proprietário de muitos engenhos e escravizados. Ver: Farias, Nathiely Feitosa. "Legados de liberdade: alforrias testamentárias, poder e relações senhoriais (São Cristóvão, Sergipe, 1775 a 1850)." (2024). Santos, Márcio Zacarias dos. "Dos antigos engenhos banguês em Alagoas até o aparecimento das primeiras usinas na década de 1920." (2022).
Província
SE
Legislaturas
5, 6, 10, 12, 13
João Alfredo Correia de Oliveira
Os avós e, depois, os pais eram proprietários do engenho São João. Os pais, inclusive, também eram proprietários do engenho Uruaé, no atual município de Goiana. Tempos depois da abolição, em relato autobiográfico, João Alfredo escreveu: “Todos os meus ascendentes, portugueses que vieram – os primeiros para a conquista de Pernambuco e os últimos no correr do século XVIII -, ou brasileiros de suas estirpes, foram proprietários de terras e de escravos. Meu pai e meu sogro, concunhados, amigos e vizinhos eram senhores de engenho de numerosas fábricas e grandes culturas”. Nesse relato, o político pernambucano que herdou dezenas de escravizados do pai e recebeu outros tantos de dote de casamento, se dizia abolicionista. Alforriou publicamente seus trabalhadores escravizados apenas em julho de 1887, mas era uma alforria condicionada que só seria consumada mediante mais dois anos de prestação de serviços realizados sob bom comportamento e vigilância senhorial. O que quer dizer que quando atuou pelo fim da escravidão nos mais altos círculos políticos, é provável que João Alfredo ainda dispusesse dos trabalhos de seus escravizados.
Província
PE
Legislaturas
11, 14 e 15
João Braulio Muniz
Membro da regência permanente em 1831. João Bráulio possuía a fazenda São João, localizada na vila de Codó. O cultivo do algodão e a manutenção de roçados e alguns animais era feita por 58 escravizados. Mantinha ainda cinco escravizados em sua casa na Corte. Filho do senador e coronel de milícias Raimundo José Muniz, pai dos conselheiros João Bráulio e Ângelo Carlos Muniz, angariou terrenos em Itapecuru e nos arredores da vila de Caxias, fundando as fazendas Guanaré e Cigarras, que acomodavam 270 escravos, roças de mandioca, canaviais e criação de animais. Deixou de herança mais de 12 contos em escravizados para João Braulio e seus dois irmãos. Em 1835 Braulio tinha uma fortuna de mais de 23 contos em escravizados. Dados da tese de Raissa Gabrielle Vieira Cirino: Pela boa ordem da província e pela glória do império – famílias, estratégias e suas tramas na administração imperial do Maranhão (c. 1750-c.1840).
Província
MA
Legislaturas
1 e 2
João Ferreira de Moura
Formado pela Faculdade de Direito de Olinda, foi deputado de 1864 a 1868 e de 1878 a 1885. Foi presidente da Câmara dos Deputados do Brasil em 1882. Foi presidente da província da Bahia, de 19 de março a 21 de junho de 1867. Foi ministro da Marinha, da Justiça e dos Transportes. Fazia parte da elite senhorial de Santo Amaro no Recôcavo baiano e como tal tinha terras e engenhos, entre os quais se encontra o Engenho Jacaré que empregava largamente o trabalho de escravizados. Ver: LACERDA, A. P. C. T.. Senhores de terras e escravizados no Sertão da Bahia, século XIX (1860-1888). In: XI Encontro Estadual de História, 2022, Salvador. XI Encontro Estadual de História: (De) Colonialidades da História: independências, imperialismos e cidadania, 2022.
Província
BA
Legislaturas
13, 17 e 18
João Lins Vieira Cansansão de Sinimbú
Foi presidente das províncias de Alagoas, Sergipe, Rio Grande do Sul e Bahia. Deputado, senador e primeiro-ministro do Brasil (27º Gabinete). De família aristocrática, herdou engenhos e escravizados em Alagoas. Ainda que não tenha seguido a vida de senhor de engenho, virou bacharél, se beneficiou enormemente das riquezas da família constituídas pelo trabalho de volumosa escravaria.
Província
AL
Legislaturas
5 e 9
João Mauricio Wanderley
Cotegipe foi senhor de escravos, mas foi, sobretudo, o escravocrata mais poderoso dos últimos anos do Império. Herança e casamento foram as bases de sua fortuna. Do pai, grande proprietário de terras, herdou 50 escravizados. Do matrimônio, mais 160. O dote foi pago pelo sogro, o conde de Passé, um dos homens mais ricos da Bahia, senhor de engenhos no Recôncavo. Entre outros engenhos foi proprietário do grande Engenho Freguesia, um dos maiores do recôncavo baiano. Ver: https://www.salvadorescravista.com/homenagens-controversas/bar%C3%A3o-de-cotegipe
Província
BA
Legislaturas
5, 6, 7, 8 e 9
João de Albuquerque Maranhão
Grande proprietário, dono de escravos, possuindo mais terras do que certos reinos da confederação alemã. Descendia do primeiro capitão-mor da Capitania. Em maio de 1604 Jerônimo de Albuquerque doara aos filhos, Matias e Antônio, 5.000 braças quadradas em Cunhaú. Em 1614 Cunhaú já gozava de engenho moendo cana, com larguras verdes de canaviais. Paraibano, bacharel em Olinda, na turma de 1853 fixara-se em Estivas, no casarão enorme, com vasto janelório aberto, rodeado de alpendres. espécie de solar e casa-grande, erguida em 1810. Filiado ao Partido Conservador, quase sempre uma herança da família que se espalhava pelos municípios de Arêz, Goianinha e Canguaretama, estirando-se para a Paraíba, numa continuidade de fazendas, engenhos e sítios. Em Janeiro de 1888 alforriou os últimos dezesseis escravos que possuía. http://adcon.rn.gov.br/ACERVO/secretaria_extraordinaria_de_cultura/DOC/DOC000000000113095.PDF
Província
PB
Legislaturas
3
João de Almeida Pereira Filho
Foi presidente da província do Rio de Janeiro, ministro de Negócios do Império, deputado geral e Conselheiro do Império. Como seu pai e seu sogro, o primeiro barão e visconde de Araruama, foi fazendeiro dono de largas extensões de terra nos municípios de Campos dos Goytacazes e de Quissamã, no Rio de Janeiro. Foi proprietário das fazendas Lagoa dos Patos em Quissamã e Batalha em Campos dos Goytacazes. Com seus cunhados e concunhados, todos eles filhos ou genros do primeiro barão e visconde de Araruama, fundou, em 1877, o Engenho Central de Quissamã. Sobre suas posições contra reformas emancipacionistas, ver: MOREIRA, Raimundo Nonato Pereira. “Um bando de homens perdidos que em seu delírio desconheceram Deus, a pátria, a família e a propriedade”: representações da Comuna de Paris nos debates parlamentares brasileiros de 1871. Revista Mundos do Trabalho, v. 15, p. 1-19, 2023.
Província
RJ
Legislaturas
10 e 11
Leandro Ribeiro de Siqueira Maciel
Filho de um dos principais escravocratas de Sergipe, senhor de engenhos, a família possuía mais de 200 escravizados e muitas propriedades. Ver: DANTAS, Iberê. Leandro Ribeiro de Siqueira Maciel (1825/1909). O patriarca do Serra Negra e a política oitocentista em Sergipe. Aracaju: Criação, 2009.
Província
SE
Legislaturas
14, 16
Luiz Antonio Vieira da Silva
Visconde de Vieira da Silva. Foi deputado provincial, deputado geral, presidente do Piauí, ministro e conselheiro de Estado. Filho de Joaquim Vieira da Silva e Souza, senador e ministro do Império. Herdou escravos, como demonstra a seguinte tese: CAMPOS, Marize Helena de. Senhoras Donas: economia, povoamento e vida material em terras maranhenses (1755-1822). 2008. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo.
Província
MA
Legislaturas
11, 13, 14
Luiz Felipe de Souza Leão
Foi deputado provincial, deputado geral e senador, além de ministro da Marinha. Os Souza Leão estão presentes em Pernambuco desde o século XVII. Tendo a família ocupado poderosos cargos políticos, quase sempre representando Pernambuco. Para se ter uma ideia da riqueza e do poder dessa família, seu irmão, o barão de Morenos, era proprietário de oito engenhos: Morenos, Catende, Xixaim, Viagens, Pitimbu, Carnijó, Bom-dia e Brejo. Já Luiz Felipe de Souza Leão, era proprietário dos engenhos Tapera e Santo Inácio. O pai dele foi assassinado por um trabalhador, em 1822, à porta da casa.
Província
PE
Legislaturas
10, 12, 13
Luís Antônio Pereira Franco
Barão de Pereira Franco, foi deputado da Assembleia provincial, deputado geral, presidente da província de Sergipe, ministro da Marinha, ministro da Guerra, ministro do Supremo Tribunal de Justiça e senador. Com a criação do Supremo Tribunal Federal, foi nomeado ministro desse tribunal. Era proprietário de vinte e seis escravos e vinte casas em Salvador. Possuía sobrados na rua do Rosário e na Calçada, terrenos e roças no Rio Vermelho, ações da Companhia do Queimado, apólices da dívida pública, além do Trapiche Andrade. Os escravos que trabalhavam nesse trapiche, todos africanos, tinham a idade entre trinta e quarenta anos. Ver: Pinheiro, Maria Cristina Luz. "O trabalho de crianças escravas na cidade de Salvador, 1850-1888." Afro-Ásia, 32 (2005), 159-183.
Província
BA
Legislaturas
14
Manoel José de Menezes Prado
Era proprietário de Engenho de açúcar - Engenho Palma em Sergipe. Ver: AMARAL, Sharyse Piroupo do. Um pé calçado, outro no chão: liberdade e escravidão em Sergipe (Cotinguiba, 1860-1900). Edufba, 2012.
Província
SE
Legislaturas
16, 15, 14
Manoel Sobral Pinto
Tinha propriedades na capital de Alagoas. Foi presidente de província e cônsul em Luanda. Nos anos 1850 teve a seu serviço dois africanos livres. SILVA, Moisés Sebastião da. Experiências entre a escravidão e a liberdade: os africanos livres na Província de Alagoas (1850-1864). XXVII Simpósio nacional de história: Conhecimento histórico e diálogo social–ANPUH–Natal–RN–22 a, v. 26.
Província
AL
Legislaturas
9, 14
Manoel Teixeira de Souza
Foi deputado provincial, deputado geral, vice-presidente de província e senador. Proprietário de fazendas e escravizados em Minas Gerais. 19 homens e 19 mulheres compunham o conjunto de escravos na Fazenda do Tesoureiro, pertencente ao Barão de Camargos, no ano de abertura de seu inventário em 1878. Ver: MEYER, Marileide Lazara Cassoli et al. A construção da liberdade: vivências da escravidão e do pós-abolição. Mariana, 1871-1920. 2015.
Província
MG
Legislaturas
8, 9
Mariano Procopio Ferreira Lage
Cafeicultor e engenheiro, a partir do final do ano de 1854 e ao longo do ano de 1855, Mariano Procópio iniciou a prática ilegal de alugar escravos para a obras de engenharia em Minas Gerais. Em suas obras empregava centenas de escravizados alugados. Ver, por ex.: Fernando Gaudereto Lamas. Escravidão, imigração e suas funções em uma economia exportadora – juiz de fora, segunda metade do XIX: o caso da companhia união & indústria. história econômica & história de empresas XIV. 2 (2011), 55-77
Província
MG
Legislaturas
14, 11
Matheus Casado de Araújo Lima Arnaud
Era negociante do tráfico interprovincial de escravizados, ver: Teixeira, Luana. "Perfil dos escravizados no comércio interprovincial desde Maceió, Alagoas (1842-1882)." Afro-Ásia, n. 64 (2021), pp. 248-283.
Província
AL
Legislaturas
4, 7, 9, 14 e 15
Miguel Calmon du Pin e Almeida
Marquês de Abrantes. Representou a província Bahia na Assembleia Constituinte de 1823 e nas 4 primeiras legislaturas, entre 1826 e 1841. Nas eleições de 1840, foi eleito senador pelo Ceará. Ele também atuou no poder Executivo e ocupou a pasta da Fazenda – nos gabinetes de 1827, de 1837 e de 1841 – e a pasta dos Negócios Estrangeiros, em 1829 e em 1862. Nascido em 26 de Outubro de 1796 em Santo Amaro, no Recôncavo baiano, Miguel Calmon du Pin e Almeida, de família tradicional de militares e magistrados, era filho de José Gabriel de Almeida Calmon e de Maria Germana de Sousa Magalhães, senhores de terra daquela região. Seus familiares prosperaram como produtores de açúcar e tiveram em seu engenho entre oitenta a cem indivíduos escravizados. Casou-se com Maria Carolina da Piedade Pereira Bahia, filha do barão de Meriti e não teve filhos. Foi nomeado Marquês de Abrantes, em 1854. Em: FARIAS, Jônatas Coutinho. Miguel Calmon e a questão da liberdade em suas cartas políticas. 2017. 24 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em História)—Universidade de Brasília, Brasília, 2017.
Província
BA
Legislaturas
1, 2, 3, 4
Miguel Fernandes Vieira
Após eleger-se deputado-geral em cinco legislaturas, foi escolhido para assumir o posto de Senador, em 9 de abril de 1862, que ocupou somente por 66 dias, em virtude de sua morte. Era Comendador da Imperial Ordem da Rosa e Cavaleiro da Ordem de Cristo. Herdou de seu pai, o Visconde do Icó, propriedades e escravizados. Entre as propriedades da família estavam mais de 90 fazendas no interior do Ceará e dezenas de escravizados. Ver, dados do inventário da mãe de Miguel Fernandes Vieira em: https://estoriasehistoria-heitor.blogspot.com/2012/08/a-fortuna-do-visconde-do-ico.html
Província
CE
Legislaturas
5, 8, 9, 10, 11
Nicoláo Pereira de Campos Vergueiro
Foi membro da regência provisória. Nomeado senador, foi substituído por João de Medeiros Gomes (desembargador) no ano de 1829. Em 1847 possuía 215 escravizados em sua fazenda Ibicaba. Também era envolvido com o tráfico ilegal de escravizados. Em janeiro de 1844 uma ação britânica interrompeu o fluxo de trabalhadores para Ibicaba. O navio Frolie capturou o brigue português Caçador no Rio Bertioga, que trazia 600 africanos para desembarque na fazenda. Em: MOTA, Isadora. Cruzando Caminhos em Ibicaba: escravizados, imigrantes suíços e abolicionismo durante a revolta dos Parceiros (são Paulo, 1856-1857). Afro-Ásia, Salvador, n. 63, 2021.
Província
SP
Legislaturas
1
Paulino José Soares de Souza
Paulino José Soares de Sousa, Visconde de Uruguai com honras de grandeza, foi deputado provincial e geral pelo Rio de Janeiro, presidente de província, ministro da Justiça e dos Negócios Estrangeiros, senador, conselheiro de Estado e membro do Conselho do Imperador. Paulino foi um dos maiores juristas brasileiros, especialmente na área do Direito Público e Constitucional, publicando obras importantes como Ensaio sobre o Direito Administrativo (1862) e Estudos Práticos sobre a Administração das Províncias no Brasil (1865). Sua ascensão social e política foi impulsionada por alianças matrimoniais estratégicas. Em 1833, casou-se com Ana Macedo Álvares de Azevedo, cuja família possuía fortes vínculos com a elite agrário-escravista fluminense. O pai de Ana era proprietário do engenho de Itapacorá, na região de Itaboraí, enquanto sua mãe descendia de proprietários da Fazenda Tiririca, em Araruama, e dos engenhos de Fora e de Sant'Ana. Ver: Pinto, Clarice de Paula Ferreira. "" O imperador reina, governa e administra": o Visconde do Uruguai e a construção do Estado Imperial (1836-1843)." (2014). Salles, Ricardo H.. (2012). O Império do Brasil no contexto do século XIX. Escravidão nacional, classe senhorial e intelectuais na formação do Estado. Almanack, (4), 5–45.
Província
RJ
Legislaturas
3, 4, 5, 7, 10, 11, 13, 14, 15, 16
Pedro Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque
Visconde de Camaragibe. Foi deputado geral, (presidente da Câmara dos Deputados) e senador do Império do Brasil, de 1869 a 1875. Proprietário de mais de 160 escravizados e três engenhos em Pernambuco. Dados extraídos da tese de Paulo Henrique Fontes Cadena: Ou há de ser Cavalcanti, ou há de ser cavalgado : trajetórias políticas dos Cavalcanti de Albuquerque (Pernambuco, 1801-1844).
Província
PE
Legislaturas
5, 10 e 14
Pedro de Araújo Lima
Marquês de Olinda, Deputado, senador, ministro muitas vezes, presidente do conselho de ministros e regente do Império. Era descendente do senhor do Engenho Antas, Sirinhaém, Pernambuco. Pedro de Araújo Lima foi alavancado politicamente por um grupo de traficante de escravos. Ele seria o representante político de negociantes de escravos e açúcar. Rico, através do açúcar produzido pelo pai, e dos investimentos da parentela no tráfico de escravos. Informações extraídas de tese de Paulo Cadena: O vice-rei: Pedro de Araújo Lima e a governança do Brasil no século XIX.
Província
PE
Legislaturas
1 e 2
Rodrigo Augusto da Silva
Deputado provincial, deputado geral, senador do Império, Ministro da Agricultura, Ministro dos Transportes e Ministro das Relações Exteriores do Brasil. Era filho do Barão do Tietê e sobrinho do capitalista Benedito Antonio da Silva. Foi um dos líderes do partido conservador nos últimos anos do império, juntamente com Antônio da Silva Prado. Seu pai, chefe do partido conservador em São Paulo, era presidente da empresa de Seguros Cia União Paulista, estava entre os principais acionistas da Mogiana e tinha fazendas e centenas de escravizados que, em 1878, quando morreu, acabaram passando para Rodrigo. Era genro do Senador Eusébio de Queirós. Rodrigo foi responsável por encaminhar a lei de 13 de maio de 1888, quando era ministro da Agrucultura; seu sogro foi responsável pela lei anti-tráfico de 1850. OLIVEIRA, Maria Luiza Ferreira de. Em casas térreas com alcovas: formas de morar entre os setores médios em São Paulo, 1875 e 1900. Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material, v. 8, p. 55-76, 2001.
Província
SP
Legislaturas
10, 11, 14, 15, 16, 19, 20
Sebastião Gaspar de Almeida Bôto
Sebastião Gaspar de Almeida Boto foi militar e político. Foi vice-presidente da província de Sergipe e deputado. Era proprietário de engenhos de açucar e de escravizados. De acordo com a tese de Igor Fônseca de Oliveira, era proprietários dos engenhos Capim-Assú e engenho Velho. Ver: OLIVEIRA, Igor Fonsêca de. “Por não querer servir ao seu senhor”: os quilombos volantes do Vale do Cotinguiba (Sergipe Del Rey, século XIX). 2015.
Província
SE
Legislaturas
4 e 5
Visconde de Camaragibe
Foi professor do Curso Jurídico de Olinda. Diretor da Faculdade de Direito do Recife (1854). Deputado Geral desde 1832 e deputado a Assembleia Provincial. Senador desde 1869. Membro de uma das famílias mais poderosas de Pernambuco foi senhor de grande fortuna no qual se contava mais de 160 escravizados e três engenhos. Os dados foram levantados na pesquisa de mestrado de Paulo Henrique Fontes Cadena: HENRIQUE FONTES CADENA, Paulo. Ou há de ser Cavalcanti, ou há de ser cavalgado: trajetórias políticas dos Cavalcanti de Albuquerque (Pernambuco, 1801-1844). 2011.
Província
PE
Legislaturas
11






não pesquisados ou inconclusivos
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As contribuições serão devidamente creditadas.
deputados familiares de proprietários de escravizados
Antonio Cândido da Cruz Machado
Foi o presidente da sessão do Senado que aprovaria a Lei Áurea. Teve uma trajetória política importante no cenário nacional, foi deputado pela Província de Minas em várias legislaturas, presidiu ainda as Províncias de Goiás em 1854, Maranhão em 1855 e Bahia em 1873. Segundo Luiz Fernando Saraiva, tinha convicções abolicionistas. SARAIVA, Luiz Fernando; GONÇALVES, Lincoln Rodrigues. O Império em Minas Gerais: Economia e poder na Zona da Mata mineira do século XIX. Anais do XIII Seminário sobre a Economia Mineira, v. 13, 2008. Seu sogro tinha "uma vasta escravaria", parte desses escravizados foram doados ao visconde. Ver em: https://www.geocities.ws/jorgecpf/cospt018.htm
Província
MG
Legislaturas
14
Aristides Cesar Spinola Zama
Aristides Augusto César Espínola Zama nasceu em Caetité, em 1837. Em 1852 ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia, diplomando-se em 1858. Eleito deputado provincial pela primeira vez em 1860, renovou o mandato até 1865. Em 1865, no início da Guerra do Paraguai, seguiu como médico voluntário do Corpo de Saúde e serviu nos hospitais de sangue durante o conflito. Retornando à província natal, elegeu-se novamente deputado provincial para sucessivas legislaturas a partir de 1868. Ganhou fama enquanto abolicionista, seus pais eram sócios proprietários da Primeira Companhia de Mineração de Diamantes, ali na Vila de Caetité, seus escravizados trabalhavam nas minas. Seu pai foi assassinado por um escravo. Fonte: AGUIAR, Lielva Azevedo. 2019. Entre a política e a magistratura. O barão de Caetité e suas articulações no Império (Alto sertão da Bahia e além, 1840-1880). Tese de doutorao em História, UFBA.
Província
BA
Legislaturas
17
Cândido Mendes de Almeida
Cândido Mendes provinha de uma família de importância política e econômica no Maranhão. Era membro dos potentados locais, em uma cidade que, mesmo sendo humilde, possuía um posicionamento estratégico. Sua avó, Euzébia Maria da Conceição, era possuidora de grande fortuna e de muitos escravos que, acompanhada de seus colonos. Mais tarde, foi vitimada por ocasião da guerra da Balaiada. Foi Deputado Geral e senador, Oficial da Ordem da Rosa e Comendador da Ordem de São Gregório Magno de Roma. Ver: SANTIROCCHI, Ítalo Domingos. A coragem de ser só: Cândido Mendes de Almeida, o arauto do ultramontanismo no Brasil. Almanack, p. 59-80, 2014.
Província
MA
Legislaturas
8,9 e 10
Gaspar Silveira Martins
Gaspar Silveira Martins era bacharel em Direito formado em São Paulo em 1856 e, desde 1859, juiz municipal da 2a Vara da Corte, cargo que agora acumulava com o de deputado provincial do Rio Grande do Sul. Oriundo de família de estancieiros da região de fronteira com o Uruguai, “de tradição liberal farroupilha”, no fim da década de 1860 integraria o Clube Radical do Rio de Janeiro. Foi deputado provincial, deputado geral, presidente de província, ministro da Fazenda e senador do Império do Brasil de 1880 a 1889. Atuou para fazer valer a lei de 1831 e libertar africanos ilegalmente contrabandeados no Brasil. Ver: MAMIGONIAN, Beatriz Gallotti; GRINBERG, Keila. O crime de redução de pessoa livre à escravidão no Brasil oitocentista. Revista Mundos do Trabalho, v. 13, p. 1-21, 2021.
Província
RS
Legislaturas
15 e 16
Jeronimo José Teixeira Junior
Visconde do Cruzeiro. Neto de comerciantes de escravizados e sobrinho e genro do Marquês de Paraná. Fundador e presidente da Companhia de Navegação Niterói & Inhomirim em 1855, ano em que se tornou um dos diretores da Companhia Estrada de Ferro D. Pedro II. Quanto à carreira política, Teixeira Júnior concentrara-se em sua própria província, ligando-se aos poderosos políticos e cafeicultores do Vale do Paraíba fluminense, distrito eleitoral pelo qual se elegeria em diversas oportunidades. Ver: MIRANDA, Bruno. A Lei do Ventre Livre ea administração do tempo histórico no Império do Brasil. Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material, v. 31, p. e8, 2023. Votou a favor da Lei dos Sexagenários(1885) e da Lei Áurea (1888); em discurso na Assembleia (30/05/1871), defendeu a questão do elemento servil como a de maior urgência social do país e tratou a emancipação como “inevitável”.
Província
RJ
Legislaturas
11 e 14
Jeronymo Maximo Nogueira Penido
Substituído por José Joaquim de Lima e Silva Sobrinho entre setembro e outubro de 1843. O irmão, João Penido, era célebre escravista cafeicultor de Juiz de Fora, proprietário da fazenda São Jeronimo. Ver: OLIVEIRA, Fábio Augusto Machado Soares de. A luta antiescravista em Juiz de Fora, Minas Gerais: sociabilidades, justiça e trajetórias (1868-1888). 2020. Tese (Doutorado em História) – Programa de Pós-Graduação em História, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2020.
Província
MG
Legislaturas
5, 14 e 16
Joaquim Pires Machado Portela
Filho de José Thomaz Pires Machado Portella, senhor do Engenho Novo de Muribeca Foi Deputado provincial, Deputado geral, Presidente das Províncias do Pará (1871), Minas Gerais (1871-1872) e da Bahia (1872). Dignatário da Imperial Ordem da Rosa (1875). Fundador do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano. Diretor do Arquivo Nacional no Rio de Janeiro. Ver: https://www.parentesco.com.br/index.php?apg=arvore&idp=23631
Província
PE
Legislaturas
14, 15 e 16
José Xavier da Silva Capanema
Discursou contra a proposta do governo de abolir a escravidão em 1871, mas votou a favor da Lei do Ventre Livre. Seu pai, Francisco José da Silva Capanema, era traficante e "homem de grossa ventura". Ver: ENES, Thiago. " Um monstro feroz e indômito nas Gerais”: Francisco José da Silva Capanema e a ascensão social dos fidalgos-mercadores. Faces da História, v. 5, n. 1, p. 162-178, 2018.
Província
MG
Legislaturas
14
Leonel Martiniano de Alencar
Barão de Alencar, foi embaixador plenipotenciário em diversas ocasiões e deputado em 1869. Agraciado com o grau de comendador da Ordem de Cristo e da Ordem de Isabel, a Católica, além de ter sido elevado a cavaleiro da Imperial Ordem da Rosa e da Imperial Ordem de Cristo. Foi sócio benemérito do IHGB. Em 1863, enquanto secretário da delegação brasileira nos EUA, se posicionou à favor dos Confederados do Sul na Guerra de Secessão. Sua opinião pessoal favorável aos interesses escravistas norte-americanos influenciou a posição de neutralidade diplomática assumida pelo Brasil no conflito. Era herdeiro de proprietários de terras e escravizados no Ceará. Ver: GRIVICICH, Carla Hauer et al. Mãe: o drama da escravidão na obra de José de Alencar. 2016; JAGUARIBE, João Nogueira. Alencares de sangue e afins. Revista do Instituto do Ceará, v. 54, p. 99-118, 1940.
Província
AM
Legislaturas
14
Lucas Matheus Monteiro de Castro
As pesquisas de Maria Fernanda Martins indicam que seus irmão eram agentes do tráfico de escravos "na história da família a exploração do ouro aparece acompanhada das atividades comerciais relacionadas ao comércio de tropas e abastecimento, típicas da região, além do tráfico de escravos para o interior da província mineira. Seu irmão Lucas Antônio, visconde de Congonhas, por exemplo, é dito negociante, atividade que o levaria a se estabelecer em São Paulo." Em: MARTINS, M. F. Família, estratégias e redes de poder em Minas Gerais (sécs. XVIII/XIX). Acervo, [S. l.], v. 30, n. 1, p. 121–139, 2017.
Província
MG
Legislaturas
16
Martinho de Freitas Vieira de Mello
Descendente dos proprietários do engenho Comandaroba em Laranjeiras - SE. Foi juiz municipal em Campos, Valença e no Rio de Janeiro e depois advogou na cidade da Parahyba e representou sua provincia na décima quinta legislatura geral. Pronunciou-se com fervor pela abolição do elemento escravo e para isto fundou e redigiu jornais. Ver: SANTOS, Ana Paula Cruz. Formação e desenvolvimento de coleções do Gabinete de Leitura de Maruim:(1877-1900). 2013.
Província
SE
Legislaturas
14